segunda-feira, 1 de julho de 2013

23 de Janeiro pra cá

No dia 23 de Janeiro de 2013, dei entrada no Hospital 28 de Agosto, por volta da 21:30h, e fui logo encaminhado para o exame de sangue e a sempre receitada em Manaus, dipirona.
Queria ir embora, nunca gostei de ficar muito tempo em hospitais, contudo, fiquei, aguardei, sempre na esperança de voltar pra casa o mais rápido possível. Não foi bem assim, chegou o resultado do exame e pude ver o susto na cara do médico (não esqueço da imagem até hoje), e ele me tomou pelo braço e disse como você ainda está de pé? Eu ainda sem não entender e meio confuso, fui sendo conduzido por ele e pela minha tia, sempre  com muita pressa, até que chegamos ao 4º andar, nefrologia, lá ele me comunicou que meus rins estavam em sofrimento e minha ureia e creatinina estavam em níveis alarmantes, chegando lá a enfermeira correu pra chamar o nefrologista, que por sua vez já me conduziu para a maca é começou o procedimento de colocação do cateter, foi muito dolorido, você sente cada milímetro entrando do lado do seu pescoço. Logo depois começou a minha primeira hemodiálise, como é o normal, passei muito mau, sequencias de vômitos, enjoos e muito frio. Foram as 4h mais pensativas e sofridas da minha vida, logo depois fui levado para a enfermaria. A partir daí comecei a lidar com o sofrimento da minha família e pessoas próximas, afinal a hemodiálise era uma coisa desconhecida para todos, e surgiram as perguntas... Como lidar? Quanto tempo de vida? Ainda terá vida? Transplante? E como não sou imune a nada, começaram as fofoquinhas dizendo que tudo não passava de uma gripe forte e que o resto era teatro meu e da minha família.

Continua...